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CID S72 - Fratura do Fêmur: Como Conseguir Benefícios do INSS Rapidamente

Sofreu fratura do fêmur (CID S72)? Saiba como conseguir auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente do INSS. Guia com documentação necessária e dicas para aprovação rápida.

CID S72 - Fratura do Fêmur: Como Conseguir Benefícios do INSS Rapidamente

A fratura do fêmur, classificada pelo CID S72, é uma das lesões mais graves que podem acometer os membros inferiores e frequentemente resulta em incapacidade temporária ou permanente para o trabalho. Esta lesão, que pode ser causada por traumas de alta energia, quedas, acidentes de trabalho ou fragilidade óssea, often requires extensive treatment and prolonged rehabilitation periods. Understanding the social security rights related to CID S72 is essential for anyone facing this serious injury. Femur fractures can result in various INSS benefits, from temporary sick leave during treatment to permanent disability retirement in severe cases. Many people with femur fractures are unaware of all the benefits they are entitled to or face difficulties in the application process. This comprehensive guide will clarify all aspects related to social security rights for CID S72, providing detailed information about each benefit, requirements, necessary documentation, and strategies to ensure approval.

O que é o CID S72 - Fratura do Fêmur

O CID S72 classifica as fraturas do fêmur, o maior e mais resistente osso do corpo humano, localizado na coxa. Esta classificação abrange diferentes tipos de fraturas femorais, desde fraturas do colo do fêmur até fraturas da diáfise e extremidade distal. Cada tipo de fratura tem características específicas, mecanismos de trauma e prognósticos funcionais diferentes.

As fraturas do fêmur são consideradas lesões graves devido ao tamanho e importância funcional deste osso para a locomoção e sustentação do peso corporal. O fêmur é fundamental para a marcha, corrida, subida de escadas e praticamente todas as atividades que envolvem os membros inferiores. Fraturas neste osso frequentemente resultam em limitações funcionais significativas.

O mecanismo de trauma pode variar desde traumas de alta energia em acidentes automobilísticos, quedas de altura ou acidentes de trabalho, até traumas de baixa energia em pessoas com osteoporose ou outras condições que fragilizam o osso. A idade do paciente, qualidade óssea e mecanismo de trauma influenciam tanto no tipo de fratura quanto no prognóstico de recuperação.

Tipos de Fratura do Fêmur (CID S72)

O CID S72 é subdividido em várias categorias específicas para diferentes regiões do fêmur. As fraturas do colo do fêmur (S72.0) são especialmente comuns em idosos e têm prognóstico mais reservado devido à vascularização precária desta região. Estas fraturas frequentemente necessitam de cirurgia e podem evoluir com complicações como necrose da cabeça femoral.

As fraturas da região trocantérica (S72.1) incluem fraturas intertrocantéricas e subtrocantéricas, que são mais estáveis que as do colo femoral mas ainda requerem tratamento cirúrgico na maioria dos casos. As fraturas da diáfise femoral (S72.3) ocorrem na porção média do osso e frequentemente resultam de traumas de alta energia.

As fraturas da extremidade distal do fêmur (S72.4) envolvem a região próxima ao joelho e podem comprometer a articulação. Fraturas expostas, cominutivas (com múltiplos fragmentos) ou com perda óssea significativa têm prognóstico mais reservado e maior risco de sequelas permanentes que podem justificar benefícios previdenciários de longo prazo.

Impacto Funcional das Fraturas do Fêmur

As fraturas do fêmur têm impacto funcional significativo, especialmente durante o período de tratamento e reabilitação. O período de imobilização necessário, que pode durar meses, resulta em incapacidade total temporária para atividades que envolvem sustentação de peso e locomoção. Mesmo após a consolidação óssea, podem persistir limitações funcionais.

Complicações como consolidação viciosa (má consolidação), pseudoartrose (não consolidação), encurtamento do membro, limitação da amplitude de movimento do quadril ou joelho são relativamente comuns e podem resultar em incapacidade permanente. A claudicação (mancar), dor crônica e limitação para atividades que exigem esforço físico são sequelas frequentes.

O impacto psicológico também deve ser considerado. Fraturas graves do fêmur podem causar trauma psicológico significativo, especialmente quando resultam de acidentes graves. Medo de nova lesão, depressão relacionada à limitação funcional e ansiedade podem contribuir para a incapacidade laboral e devem ser documentados adequadamente.

Direitos Previdenciários para CID S72

Pessoas com fratura do fêmur (CID S72) podem ter direito a diversos benefícios previdenciários, sendo a escolha dependente da gravidade da fratura, presença de complicações e impacto na capacidade de trabalho. O auxílio-doença é o benefício mais comum inicialmente, cobrindo o período de tratamento agudo e reabilitação inicial.

A aposentadoria por invalidez pode ser concedida em casos de fraturas com complicações graves que resultam em incapacidade total e permanente. Situações como pseudoartrose infectada, perda óssea extensa, amputação secundária ou limitações funcionais severas podem justificar este benefício. O auxílio-acidente é aplicável quando a fratura resulta de acidente de trabalho e deixa sequelas permanentes.

Para fraturas em trabalhadores segurados, não há período de carência por se tratar de acidente. Quando a fratura está relacionada ao trabalho, todos os benefícios são devidos desde o primeiro dia. O BPC/LOAS pode ser uma opção para pessoas sem histórico contributivo que desenvolvem deficiência permanente devido às complicações da fratura.

Auxílio-Doença para Fratura do Fêmur

O auxílio-doença é geralmente o primeiro benefício concedido após uma fratura do fêmur, cobrindo o período de tratamento inicial, cirurgia quando necessária, e fase inicial de reabilitação. Este período pode durar de três a seis meses ou mais, dependendo do tipo de fratura, tratamento realizado e evolução da consolidação.

Durante o período de auxílio-doença, o foco está na consolidação óssea, cicatrização de feridas cirúrgicas e início da reabilitação funcional. A evolução do caso é monitorada através de perícias médicas periódicas que avaliam a consolidação da fratura e recuperação funcional. Exames de imagem seriados são fundamentais para documentar a evolução.

O benefício pode ser prorrogado enquanto persistir a incapacidade para o trabalho. Em casos de consolidação lenta, complicações ou necessidade de cirurgias adicionais, o auxílio-doença pode se estender por períodos mais prolongados. A documentação médica deve sempre justificar a continuidade da incapacidade.

Aposentadoria por Invalidez para Complicações

A aposentadoria por invalidez pode ser concedida quando fraturas do fêmur evoluem com complicações graves que resultam em incapacidade total e permanente. Complicações como pseudoartrose (não consolidação), consolidação viciosa severa, infecção óssea crônica (osteomielite), amputação ou síndrome dolorosa crônica incapacitante podem justificar este benefício.

A avaliação considera não apenas a condição óssea, mas também a capacidade funcional global e possibilidades de reabilitação profissional. Fatores como idade, escolaridade, experiência profissional anterior e presença de outras comorbidades influenciam na decisão. A impossibilidade de exercer qualquer atividade remunerada deve ser claramente demonstrada.

Para comprovar a necessidade de aposentadoria por invalidez, é fundamental apresentar documentação médica robusta incluindo exames de imagem que demonstrem as complicações, relatórios de tentativas de tratamento sem sucesso e avaliação funcional que comprove as limitações permanentes. Pareceres de especialistas ortopedistas são especialmente valiosos.

Auxílio-Acidente para Fraturas Ocupacionais

O auxílio-acidente é concedido quando a fratura do fêmur resulta de acidente de trabalho e deixa sequelas permanentes que reduzem a capacidade laborativa. Este benefício corresponde a 50% do salário de benefício e pode ser acumulado com trabalho, representando indenização pela redução permanente da capacidade de ganho.

Para ter direito ao auxílio-acidente, é necessário comprovar o nexo causal entre o acidente de trabalho e a fratura. A CAT deve ser emitida imediatamente após o acidente. Documentação sobre as circunstâncias do acidente, atendimento de emergência e evolução do tratamento são importantes para estabelecer a relação causal.

A avaliação considera que, apesar das sequelas da fratura, o trabalhador mantém alguma capacidade laborativa. Limitações como claudicação, dor aos esforços, limitação da amplitude de movimento ou redução da força muscular podem justificar o auxílio-acidente mesmo quando há capacidade para algum tipo de trabalho adaptado.

Documentação Médica Específica

A documentação médica para fraturas do fêmur deve incluir relatórios detalhados do atendimento inicial, descrição da fratura, tratamento realizado e evolução. Relatórios de emergência que descrevam o mecanismo de trauma e características iniciais da fratura são importantes para estabelecer a gravidade do caso.

Exames de imagem são fundamentais e devem ser seriados para documentar a evolução. Radiografias iniciais, pós-operatórias e de controle demonstram o tipo de fratura, tratamento realizado e consolidação óssea. Tomografias podem ser necessárias para avaliar consolidação em casos complexos. Ressonância magnética pode identificar complicações como necrose óssea.

Relatórios cirúrgicos detalhados, quando aplicável, descrevem o procedimento realizado, materiais utilizados e prognóstico. Relatórios de fisioterapia documentam o progresso da reabilitação e limitações funcionais residuais. Avaliações funcionais específicas, como análise da marcha, podem ser valiosas para documentar o impacto na capacidade laborativa.

Processo de Reabilitação

O processo de reabilitação após fratura do fêmur é extenso e pode durar meses ou anos. A documentação deste processo é importante para justificar períodos prolongados de incapacidade e demonstrar esforços para recuperar a máxima funcionalidade possível. A reabilitação envolve fisioterapia, fortalecimento muscular, treino de marcha e adaptação funcional.

A resposta individual à reabilitação varia significativamente e influencia no prognóstico funcional. Alguns pacientes conseguem retornar próximo ao nível funcional anterior, enquanto outros mantêm limitações permanentes significativas. Fatores como idade, condições de saúde preexistentes, aderência ao tratamento e presença de complicações afetam os resultados.

Quando a reabilitação não atinge os objetivos esperados ou há limitações funcionais residuais significativas, isso pode justificar benefícios previdenciários permanentes. É importante documentar adequadamente as tentativas de reabilitação, resultados obtidos e limitações persistentes para fundamentar pedidos de benefícios de longo prazo.

Perícia Médica do INSS

A perícia médica para fraturas do fêmur deve avaliar não apenas a consolidação óssea, mas principalmente o impacto funcional e a capacidade para o trabalho. É fundamental comparecer à perícia com toda a documentação médica atualizada, incluindo exames de imagem recentes que demonstrem o status da consolidação.

Durante a perícia, o médico pode realizar testes funcionais simples como observação da marcha, avaliação da amplitude de movimento do quadril e joelho, teste de força muscular e avaliação de claudicação. É importante demonstrar honestamente as limitações enfrentadas, sem exagerar nem minimizar os sintomas.

Para maximizar as chances de sucesso na perícia, organize toda a documentação cronologicamente e prepare-se para explicar como a fratura e suas sequelas afetam suas atividades profissionais específicas. Leve receitas de medicamentos para dor, relatórios de fisioterapia e qualquer documentação que demonstre limitações funcionais persistentes.

Estratégias para Casos Complexos

Casos complexos de fratura do fêmur, como fraturas expostas, cominutivas, com perda óssea ou múltiplas complicações, requerem estratégias específicas na documentação e solicitação de benefícios. É importante enfatizar a gravidade inicial da lesão e como isso impacta no prognóstico funcional de longo prazo.

Para fraturas que evoluem com pseudoartrose ou consolidação viciosa, é fundamental documentar as tentativas de tratamento, incluindo cirurgias de revisão, enxertos ósseos ou outros procedimentos realizados. A persistência das complicações apesar do tratamento adequado fortalece pedidos de benefícios permanentes.

Quando há fraturas bilaterais ou associadas a outras lesões (politrauma), é importante demonstrar o efeito cumulativo das lesões na capacidade funcional. Relatórios médicos integrados que abordem todas as lesões e seu impacto conjunto são especialmente valiosos para casos complexos.

Conclusão: Recuperação e Direitos que podem ser requeridos

As fraturas do fêmur representam lesões graves que frequentemente justificam benefícios previdenciários devido ao significativo impacto na capacidade de trabalho e locomoção. O sucesso na obtenção desses benefícios depende fundamentalmente da documentação médica adequada e da demonstração clara das limitações funcionais.

É importante não desistir em caso de negativas iniciais, especialmente para fraturas com complicações ou sequelas permanentes. Com documentação médica robusta, acompanhamento ortopédico especializado e persistência nos recursos, é possível garantir os direitos previdenciários apropriados para cada caso.

Lembre-se de que buscar benefícios previdenciários após uma fratura grave é um direito legítimo e importante para garantir segurança financeira durante o período de recuperação. Com o conhecimento adequado sobre seus direitos e documentação correta, é possível garantir a proteção social necessária para focar na recuperação sem preocupações financeiras excessivas.

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Karoline Francisco Advogada